Ao falar de vendas consultivas, uma dúvida frequente recai sobre as ferramentas que mais conseguem extrair resultado dos times e transformar processos. Os números assombram: segundo dados da Fortune Business Insights, o mercado de automação de marketing deve chegar a US$ 16,81 bilhões até 2032. Isso porque cerca de 96% dos profissionais de marketing já utilizam alguma plataforma de automação. Talvez você se pergunte: mas onde entra o time comercial nesse contexto?
No cenário brasileiro, equipes de SDR, BDR e Closers lidam com CRMs que, cada vez mais, oferecem recursos de automação, mas nem sempre entregam a experiência desejada. Foi por acompanhar de perto empresas através da Estrategista CRM que percebi: integrar automação à rotina comercial vai além do hype; trata-se de colher previsibilidade, criar excelente experiência de compra e poupar tempo.
Eficiência não é só fazer mais, é fazer melhor.
Neste artigo, analiso diretamente cinco plataformas de automação que ganharam espaço em operações comerciais, especialmente para vendas consultivas ou complexas. Minha ideia é trazer um olhar prático e sem rodeios. Será que elas, de fato, fazem diferença no dia a dia do seu time?
O que muda na rotina do SDR, BDR e Closer
Antes de cairmos nas análises, vale aquele rápido retrato do impacto direto no cotidiano da turma comercial. Segundo pesquisas da Affmu, 80% dos usuários de automação observaram aumento nas conversões de leads, enquanto 76% relatam retorno positivo em menos de 12 meses. Falar em automação, aqui, não é moda. É, quase sempre, um divisor de águas.
- SDRs: deixam de perder horas em tarefas repetitivas. O foco vira conversar de fato com leads qualificados.
- BDRs: passam a atuar com mais inteligência, usando dados e histórico para abordagens melhores.
- Closers: ganham visão de todo o funil, recebem alertas automatizados quando o negócio “esquenta” e podem se dedicar onde realmente faz diferença.
Contudo, o segredo está na escolha da ferramenta e em integrar bem com os fluxos já existentes no CRM — tema central em muitos conteúdos da Estrategista CRM.

Os critérios para análise das plataformas
Vale um parêntese rápido: automatizar só por automatizar gera outro problema — sensação de burocracia. Por isso, ao comparar as plataformas, considerei cinco aspectos:
- Integração direta e fluida com CRMs populares e APIs abertas;
- Facilidade de uso, onboarding intuitivo e curva de aprendizado curta;
- Suporte ao português, tanto na interface quanto no material de apoio;
- Recursos voltados a automação de cadências (follow-ups, e-mail, WhatsApp, etc.);
- Impacto prático na rotina dos papéis clássicos de vendas consultivas: SDR, BDR e Closer.
Agora, vamos ao comparativo direto dessas soluções que prometem ser aliadas (ou não) dos times de vendas.
1. plataforma alfa – automação em diferentes níveis
Começo por uma plataforma sólida no mercado, que foca em cadências de prospecção multicanal. A integração com CRMs costuma ser do tipo “plug and play”: poucos cliques, sincronização de leads, histórico e tarefas. O legal, falando de times SDR, é o painel visual e a navegação amigável. Bastam minutos para entender as principais funções.
- Integração com CRM: Automática com opções populares, permitindo atualização em tempo real dos leads.
- Facilidade de uso: Onboarding rápido, materiais em português e fluxos exemplificados por vídeos curtos.
- Automação de cadência: Permite criar etapas por canal, com regras condicionais, templates e pausas automáticas quando há interação do lead.
- Suporte ao português: Interface, chat e base de conhecimento traduzidos e contextualizados para o Brasil.
- Impacto para SDRs/BDRs/Closers: Para SDRs, economiza tempo em disparos. BDRs conseguem escalonar leads com menos atrito. Closers recebem alertas sobre sinais de compra, integrando ações do marketing automaticamente.
Automação só faz sentido se simplifica seu processo.
Na prática, senti que esta solução resolve 80% das dores de times de pré-vendas, mas pode ser limitada se sua operação depende de customizações muito profundas.
2. plataforma beta – personalização e automação profunda
A segunda plataforma chama atenção pela flexibilidade e profundidade. Ideal para operações que misturam abordagens humanizadas com tarefas massivas. Seu ponto forte é um motor visual de automações, no estilo “arrasta e solta”, permitindo criar sequências bem personalizadas.
- Integração com CRM: Consegue ler e atualizar praticamente qualquer campo, até mesmo APIs customizadas.
- Facilidade de uso: Tem uma curva um pouco mais longa, mas oferece tutoriais contextualizados e exemplos em português.
- Automação de cadência: Vai além do tradicional: agendamento inteligente de follow-ups, testes A/B embutidos, até automação de WhatsApp com respostas automáticas.
- Suporte ao português: Completo, tanto interface quanto suporte técnico.
- Impacto para SDRs/BDRs/Closers: O SDR ganha liberdade para personalizar abordagens, o BDR pode testar hipóteses, e o Closer recebe alertas customizados baseados em comportamento do lead.
Um detalhe que observei é a sensação de controle que ela entrega para gestores. Por outro lado, para quem nunca usou automação, pode parecer intimidadora.

3. plataforma gama – rapidez e automação inteligente
Essa terceira opção é a “queridinha” de times enxutos que querem rodar campanhas rapidamente. Sua força está na rapidez de implementação e automações pré-configuradas, fornecendo desde envios automáticos de e-mail até score de leads em tempo real. O interessante é o foco em facilitar vendas B2B, assunto que aprofundo neste guia prático.
- Integração com CRM: Fácil e imediata, sem necessidade de configuração avançada.
- Facilidade de uso: Interface limpa, onboarding gamificado e feedback visual das automações.
- Automação de cadência: Possui modelos prontos de sequências (até com sugestões de mensagens), mas permite ajustes rápidos.
- Suporte ao português: Completo, até nos exemplos de templates.
- Impacto para SDRs/BDRs/Closers: SDRs podem iniciar campanhas do zero em poucos minutos. BDRs aproveitam notificações inteligentes de engajamento e Closers recebem sugestões de próximos passos baseados em machine learning.
O lado “menos positivo”, de certa forma, é que a plataforma pode parecer engessada para times que exigem fluxo único. Mas nada que atrapalhe na maior parte dos cenários.
4. plataforma delta – automação e colaboração de equipes
Plataformar processos é mais que automatizar; é conectar áreas. Delta aposta nisso: integração fácil entre áreas de marketing, vendas e pós-venda, centralizando tudo num painel visual. É uma das que melhor respondem ao que se espera quando se fala de processo digital, tema explorado na categoria de processos do nosso blog.
- Integração com CRM: Lê e atualiza negócios, tarefas e histórico de comunicação, mantendo “um só registro” do cliente.
- Facilidade de uso: Recursos colaborativos, mas interface exige um pouco mais de navegação para adaptação.
- Automação de cadência: Gera automações coletivas (leads podem migrar de SDR para BDR automaticamente com base em regras definidas), excelente para times sincronizados.
- Suporte ao português: Satisfatório, incluindo chat e vídeos de treinamento.
- Impacto para SDRs/BDRs/Closers: SDRs entendem de imediato o que já foi feito, BDRs comparam desempenhos em tempo real, Closers colaboram em propostas sem precisar alternar tantas ferramentas.
A integração de processos desnuda gargalos antes invisíveis.
Para quem curte dashboards, essa é uma plataforma que encanta. Para quem busca apenas automação simples, pode ser até... demais.
5. plataforma epsilon – foco total na experiência do usuário
Às vezes, o simples resolve. Epsilon se propõe a eliminar ruídos e priorizar experiência. Sua maior diferença? Fluxos de cadência pré-montados a partir dos objetivos do usuário, sugerindo rotas (e pequenas automações) conforme o lead evolui pelo funil. Funciona até como um “assessor digital” para vendedores.
- Integração com CRM: Conecta-se com poucos cliques e importa contatos em segundos.
- Facilidade de uso: A curva de aprendizado é curtíssima. O tutorial “ensina fazendo”.
- Automação de cadência: Preza pela automação leve: por exemplo, pausa disparos se recebe resposta (inteligente), sugere e-mails personalizados e proposições de agenda.
- Suporte ao português: Total, inclusive nos materiais de treinamento e bots de resposta.
- Impacto para SDRs/BDRs/Closers: Mais autonomia para SDRs, mais agilidade para Closers e BDRs conseguem personalizar sem criar burocracia.
O trecho curioso é que, por ser tão “direto ao ponto”, pode não contemplar necessidades de personalização extrema. Porém, há casos em que o simples supera o sofisticado, principalmente em times pequenos.

O que diz o mercado sobre automação
Se ainda parece distante, os números falam alto. Levantamento da CeaSeo mostra que 91% dos profissionais do setor consideram automação indispensável. Outro dado da Ranktracker aponta que 61% das marcas planejam aumentar investimentos em tecnologias de automação. Não é diferente para vendas. A própria MidiaPro destaca que 79% das empresas usam algum tipo de automação, e 50% dos profissionais do setor usam ferramentas todos os dias.
Aliás, cada vez mais, quem domina as integrações com CRM e as automações de cadência expande performance. São temas recorrentes, inclusive, em materiais da nossa categoria de tecnologia e no post sobre como usar dados no CRM para SaaS.
O segredo está na escolha (e implementação)
Pois bem, comparando as plataformas, não existe solução perfeita. Depende da cultura da equipe, do nível de maturidade em processos e da estrutura do funil — especialmente para times que querem escalar. Um ponto em comum: todas demandam um olhar atento na configuração inicial e na integração com o CRM-foco da operação.
Se você atua com vendas consultivas, vale analisar:
- O quanto a plataforma abre possibilidades de personalização de cadências;
- Se integra diretamente (ou via API) com o seu CRM;
- Se permite automações que não descaracterizam a humanização da venda;
- Se o suporte está preparado para tirar dúvidas de equipes brasileiras;
- Qual o real impacto no tempo gasto pelas equipes — SDR, BDR, Closers.
Na Estrategista CRM, já vimos times saltarem dez vezes em volume de leads acompanhados, só ao unificar automação comercial ao CRM. Não adianta, automação sem estratégia vira desperdício. Inclusive, para quem ainda está estruturando pré-vendas ou quer aumentar conversão, sugiro a leitura sobre como estruturar o pré-vendas e converter mais.
Conclusão
O uso de ferramentas de automação comercial, especialmente para vendas consultivas, vai muito além do modismo tech. É um caminho para conquistar previsibilidade, tirar gargalos do funil e, principalmente, libertar o vendedor para o humano da venda. A escolha da plataforma deve refletir o estágio do mercado, o perfil dos times e a integração com processos já existentes no CRM.
Automação por si só não vende — mas potencializa quem sabe vender.
Se quer avançar na maturidade comercial da sua empresa, a Estrategista CRM pode ajudar da diagnosis à implementação, fortalecendo suas pessoas, processos e tecnologia. Fale conosco para transformar vendedores em estrategistas e extrair o máximo da automação. Que tal dar esse próximo passo?
Perguntas frequentes
O que são ferramentas de automação comercial?
Ferramentas de automação comercial são plataformas ou softwares que automatizam tarefas do processo de vendas — como disparo de e-mails, agendamento de follow-ups, atualização de status em CRM e pontuação de leads —, reduzindo atividades manuais e ajudando times a serem mais consistentes. Elas permitem que SDRs, BDRs e Closers dediquem mais tempo ao contato humano e tenham uma visão clara do funil de vendas.
Quais as melhores plataformas de automação comercial?
Depende do contexto. No comparativo acima, destaquei as principais para vendas consultivas, considerando integração com CRM, facilidade de uso e automação de cadências. Cada uma apresenta benefícios específicos: algumas prezam por personalização profunda, outras são ideais para agilizar times enxutos. O ponto central é casar as necessidades do seu processo comercial à plataforma.
Como escolher a ferramenta ideal para meu negócio?
Avalie o nível de maturidade do seu time, os tipos de vendas (consultiva, transacional) e a quantidade de integrações necessárias. Considere também se a interface está disponível em português, se oferece suporte para sua equipe e se o time conseguirá adotar as automações sem criar resistência. Testar demonstrações e conversar com especialistas, como fazemos na Estrategista CRM, costuma ser o melhor caminho.
Automação comercial vale a pena para pequenas empresas?
Sim, especialmente para pequenas empresas que querem ganhar escala sem precisar contratar mais gente logo de cara. Ferramentas desse tipo ajudam a padronizar abordagem, evitar que leads “escapem” e liberar tempo dos vendedores para ações estratégicas. Existem soluções simples e acessíveis, até para quem não tem experiência anterior com automação.
Quanto custa uma plataforma de automação comercial?
O investimento varia bastante conforme recursos desejados, número de usuários e integrações. Existem desde opções gratuitas com limitações até plataformas cobradas por licença mensal, normalmente entre R$ 100 e R$ 500 por usuário/mês. Para empresas maiores, valores podem ser negociados por volume e recursos adicionais. Mais importante do que o custo é analisar o impacto direto que a plataforma trará ao seu time.